Terrivelmente, a multidão que se arrasta pelas ruas frenéticas de São Paulo é de mesma igualdade e tamanho do dândi e do flâneur de Baudelaire.
O flâneur que caminha a esmo pelas ruas parisienses do século 19 é o mesmo que vaga hoje pelas ruas desumanas de São Paulo do século 21.
Rastejam, na velocidade da contemplação. São minoria. Efêmeros. Respiram com dificuldade, olham com estranheza e admiram o belo e sua singularidade deslumbrando aquele momento único.
Sou um flâneur que caminha tranquilamente pelas ruas observando cada detalhe, sem ser notada, sem me inserir na paisagem, assim como Baudelaire gostaria que fosse.
Caminho pelas ruas sinuosas como um estrangeiro. A sua paisagem foi feita para ser vista pelo caminhante solitário, pois somente a passo ocioso pode-se admirar toda a beleza de suas ruas com seus ricos detalhes, como uma pintura moderna. Diferente da Paris dos cafés mas semelhante, com suas ruas de histórias e sua multidão desenfreada.
Flâneur
sábado, 30 de janeiro de 2010
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Sou mais uma estrangeira nessa imensidão de concreto e solidão. Alguém a procura do potinho de ouro no final do arco-iris. Vem com a gente nessa viagem mágica...
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