Mulher-Maravilha Chegou Para Ficar! - Crítica


Domingo, dia 04, fui assistir "Mulher-Maravilha" (2017, Dir.: Patty Jenkins) e preciso começar dizendo que, normalmente curto mais os filmes da Marvel, mas desde que saiu o primeiro trailer desse filme, fiquei bem ansiosa e com as expectativas lá no alto.
Gosto bastante de filmes de super-heróis, apesar de não ler as HQs. Fugindo da maioria das críticas, não achei "Batman vs Superman" tão ruim, porém, entendo que essas últimas levas da DC não eram o que os fãs estavam querendo. Quando começou a ficar mais próximo do lançamento de "Mulher-Maravilha", as perguntas eram muitas, mas a principal era: será a volta da DC? E digo que sim!
Agora indo para o que achei do longa...
O filme vai muito bem até a última parte. O começo é muito bom, apresentando as Amazonas e seus treinamentos. A cena que o Steve Trevor (Chris Pine) cai na Ilha Paraíso, "trazendo" os alemães junto e em seguida eles lutando contra as Amazonas é uma cena linda! Toda a apresentação dessa super-heroína, explicando o nascimento de Diana Prince (Gal Gadot), eu considero como a primeira parte. E uma parte muito boa!
Em seguida, entramos na segunda parte, quando Diana vai para Londres. E aí nota-se a mudança na paleta de cores: antes tão colorido, sem a presença do medo; agora entramos em um terreno todo cinza, em que a presença do medo é constante. A cena em que a nossa WW sobe nas trincheiras e vai desviando as balas com os seus braceletes é de arrepiar! - para mim, a melhor cena do filme todo. Foi para ver aquilo que fui no cinema!
Por fim, entramos na última parte e a parte problemática: a luta com o vilão, nesse caso Ares. Quando ele aparece, na minha opinião, foi do jeito errado. Quando assistimos um filme de super-herói, acreditamos que ele necessita ter um vilão caricato, mas neste caso não precisava. A diretora podia facilmente ter representado o vilão, Ares, como um mal que está presente em todos os homens, mas que no final vale a pena lutar por nós. Que aquele horror da guerra é uma parte do homem, mas que existe algo de bom nas pessoas (e a cena da dança com o Steve representa muito bem isso!). Além de que, as lutas, nessa parte, não ficaram muito legal - inclusive, é o único momento que elas ficam estranhas. Outro erro foi a Dr. Veneno - se ela não estivesse no filme, não faria diferença! Totalmente fraca e dispensável. Antes de falar da parte técnica, preciso falar de um último ponto que foi muito forçado: o romance! Não curti e não precisava ter.
Gostei muito da direção da Patty Jenkins. Ela soube introduzir a personagem muito bem e levou o filme brilhantemente! Soube utilizar muito bem todas as armas da MM. O Chris Pine está muito bem, ele é o alívio cômico do filme - porém, perto da Gal Gadot ele fica pequeno. E ela é um ponto essencial para ter dado tão certo. Se ela não estivesse bem, o filme seria mais fraco. Gal Gadot calou a boca de todo mundo que antes de assistir já estava falando mal da atuação dela, e brilhou! As lutas estão muito bem coreografadas, deixando tudo mais realista.
Por último, preciso terminar dizendo da importância de termos um filme de heroína tão bom, com críticas positivas e boa bilheteria. Como eu gostaria de ter assistido um filme como esse quando era criança. Eu estava assistindo o filme e me sentia representada - e isso é MUITO importante! Foi muito orgulho. <3 E para termos mais filmes de heroínas , esse precisa ser um sucesso! Precisa ter uma boa bilheteria, para os diretores verem que vale a pena fazer filmes com protagonistas femininas. Então, se você gosta de filmes da super-heróis, vá assistir no cinema, pois só assim teremos mais e mais filmes com representatividade.
Acredito muito que a Gal Gadot chegou para ser a Mulher-Maravilha. Do mesmo jeito que hoje só vemos o Homem de Ferro como Robert Downey Jr. e o Wolverine como Hugh Jackman, ela ficou para ser a Mulher-Maravilha que queríamos ver. #GirlPower

Nota: 9

Até a próxima e bom filme!
Carol!!!

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