Resenha - O Guardião de Memórias
terça-feira, 25 de julho de 2017
"Num impulso, ele entrou no quarto e parou diante da janela, afastando a cortina transparente para olhar a neve, que agora atingia quase 20 centímetros sobre os postes de iluminação, as cercas e os telhados. Era o tipo de nevasca que raramente acontecia em Lexington, e os flocos brancos e contínuos, aliados ao silêncio, encheram-no de uma sensação de paz. Foi um momento em que todos os retalhos díspares de sua vida pareceram costurar-se, com todas as tristezas e decepções passadas, todos os segredos e incertezas angustiantes escondendo-se sob as camadas brancas e macias".
"O Guardião de Memórias", de Kim Eduards. Editora Arqueiro, estava no meu desafio de maio e li lotada de expectativas. Confesso que esperava muito mais. Ouvi falar muito do livro, e isso acaba sendo sempre um grande problema na minha vida. Porque quando a química não rola, a decepção mostra a sua cara!
Inverno de 1964. Uma violenta tempestade de neve obriga o Dr. David Henry a fazer o parto de seus filhos gêmeos. O menino, primeiro a nascer, é perfeitamente saudável, mas o médico logo reconhece na menina sinais de Síndrome de Down.
Guiado por um impulso e por dolorosas lembranças do passado, o Dr. Henry toma uma decisão que mudará para a sempre a vida de todos e o assombrará até a morte: ele pede que sua enfermeira Caroline, entregue a criança para adoção e diz para a esposa que a menina não sobreviveu.
Tocada pela fragilidade do bebê, Caroline decide sair da cidade e criar a pequena Phoebe como sua própria filha. E Norah, a mãe, jamais consegue se recuperar do imenso vazio causado pela ausência da menina.
O livro se desenrola nesse mundo de mentiras, traições, frustrações. Tem momentos chatos, desnecessários. Acho que esperava uma história mais densa, mais consistente, não sei...
Há muita raiva, muitas questões a se resolver mas que são postegadas o tempo todo e isso irrita bastante. Tem momentos que a história se arrasta e se torna cansativa, fora isso, uma história ok que poderia ter sido desenvolvida com mais intensidade e ousadia.
Cláu Trigo
Apaixonada por livros, amantes de filmes, viciada em séries!
Geminiana, futura filósofa ou bibliotecária, o que me der um trabalho primeiro. Torcedora do São Paulo - de brigar e chorar pelo time!
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