Resenha: Juncos ou Junko? - #MulheresEmFoco

Título: Juncos
Autor: Juli Zeh
Editora: Record
Páginas: 350
Ano: 2014
Onde Comprar: Amazon
Sinopse: A tranquila cidade de Freiburg é tomada por estranhos incidentes. No Hospital Universitário, mortes inexplicáveis acontecem, e um dos médicos é brutalmente assassinado. O filho de um renomado físico é raptado e o sequestrador exige a morte de um homem como resgate. Resta ao comissário de polícia Junko investigar a ligação de um homem acima de qualquer suspeita com esses trágicos eventos. Ao mesclar embates filosóficos e física quântica, Juli Zeh expõe os limites e as obsessões humanas e discute a própria noção de realidade.

No passado, Oskar teria sido capaz de adivinhar com qual o assunto seu amigo se ocupava apenas pelo jogo das sobrancelhas e pelo movimento mudo dos lábios. Esses tempos passaram. Hoje ele senta ao lado dos pensamentos de Sebastian como à margem de um rio que não pode ver nem ouvir, mas que mesmo assim ele sabe que corre sem parar. De qualquer modo, ele continua sendo capaz de gozar a simples presença desse correr, desse fluir espiritual. Para Oskar, isso significa muito. Já desde a juventude ele sente que errou de século e que se encontra a caminho na vida errada, enquanto em algum outro lugar, e sobretudo em outro tempo, pessoas como Einstein e Bohr sentem falta dele em seus debates."

Esse livro, na minha opinião, está lotado de problemas, a começar pelo título. O nome do detetive é "Junko", com 'K', mas o título saiu com 'C': 'Juncos', uma referência a uma planta do mesmo nome que é citado uma ÚNICA vez no livro, sem contexto algum! E resolveram, simplesmente, usar essa referência no título do livro. Isso me incomodou demais!!!!!!
A escrita de Juli Zeh é chata, massante, enrolada demais, cheio de palavras rebuscadas que nada acrescentam ao livro. Não flui de jeito nenhum.
O livro é dividido em sete partes, e cada parte tem um resumo rápido do que acontecerá naquele momento da história. Isso mesmo: vem com spoiler desmesurado do que leremos nas próximas páginas. Isso me incomodou demais. Parei de ler os resumos para ver se a história melhorava. Não melhorou.
Para mim, essa leitura não rolou. 
O jornal "The Guardian" o descreveu como 'Uma leitura para deixar o coração acelerado e a mente aguçada". Estou esperando por esse momento até agora. Nada acontece no livro. Os personagens são chatos, sem carisma algum; a história não te envolve, tem ritmo lento, previsível, sem reviravoltas estratégicas, sem enigmas, sem nada.
Existe ali personagens que poderiam ser explorados profundamente, mas tudo na história é superficial, a começar pela investigação, que quase não tomamos conhecimentos, sabemos muito pouco a respeito da análise das mortes e do sequestro do menino Liam. 
Na verdade, não há foco em nada. Tudo é atropelado, mastigado, previsto. A história não tem nada de instigante, muito pelo contrário, é muito enfadonha, sem ritmo, o tempo todo me pareceu que a autora tinha uma ideia, mas não conseguiu desenvolve-la, e ficou andando em círculos.
Estava com uma expectativa altíssima em relação a essa leitura, afinal, era uma história policial alemã contemporânea, que pouco conheço e mais, fazia parte do desafio "Mulheres Em Foco" do Blog. Mas Juncos não deu química. Vou ter que tentar uma próxima literatura alemã, ou voltar para os clássicos mesmo. Uma pena!

9 comentários

  1. Nossa, Claudia.
    Que tristeza eu senti por você agora!
    Imagino o tamanho da sua decepção. Só pelos seus comentários, vou me manter longe dessa leitura! Que negócio sem noção é esse logo no título?! Achei bem esquisito!
    Beijos
    Camis - blog Leitora Compulsiva

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    1. 2021 e eu acabei de ler esse livro. Posso garantir q ela leu errado! O livro é mto bom e a autora inteligente.

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  2. Olá, Cláudia.

    Que péssimo isso, é muito ruim quando uma leitura acaba nos decepcionando dessa maneira.
    Só pela capa eu já julguei um pouco o livro, lendo sua resenha deu pra ver que eu tenho que passar longe desse livro.
    Sobre o nome: achei ele muito estranho e super nada a ver fazer referência a uma planta.

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    1. O livro é mto bom, queria uma continuação, isso sim!

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  3. Apesar da decepção que teve com a leitura, não posso deixar de falar que esse livro possui uma capa belíssima. Eu curto romance policial, mas agora ficarei na dúvida se lerei essa obra.

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  4. Olá, tudo bom?
    É um saco quando criamos muita expectativa sobre uma história e ela simplesmente não funciona né? Uma pena que a história deste livro tenha sido fraca e massante para você, ao ponto de não funcionar em nenhum momento... espero que o próximo livro alemão seja uma experiência melhor ♥
    Beijos!

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  5. Oi, Claudia!
    Que pena que o livro não foi nada daquilo que você esperava =/ Achei a proposta de colocar um resumo do que acontece em cada capítulo interessante, mas pelo o que você comentou, não foi tão efetivo assim em ajudar na fluência da leitura... Acho que a falta de envolvimento com o livro pode ter a ver com o estilo de trama/escrita típico do país da autora também, os alemães têm estilos narrativos bem diferentes do que nos acostumamos em ler com os norte-americanos e com nossos nacionais. Estou torcendo para que sua próxima leitura seja mais proveitosa!
    Beijos!

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  6. Poxa vida que experiência de leitura foi essa? Só decepção! Eu também já ficaria fula da vida com a obra a começar pelo titulo, com toda a certeza haha e entendo totalmente a sua frustração e irritação. Obrigada pelo alerta, realmente não faz sentido palavras rebuscadas se não há conteúdo no livro.

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  7. Olá!
    Poxa que chato isso, odeio quando essas coisas acontecem, mas estamos sujeitos a isso, Eu adoro livros com pegada policial, mas quando o ritmo é lento, abandono, infelizmente!

    beijos!

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