Resenha: Suicidas

Título: Suicidas
Autor(a): Raphael Montes
Editora: Companhia das Letras
Páginas: 432
Ano: 2017
Onde Comprar: Amazon
Sinopse: Em seu primeiro livro, que a Companhia das Letras agora relança acrescido de um novo capítulo, conhecemos a história de Alê e seus colegas, jovens da elite carioca encontrados mortos no porão do sítio de um deles em condições misteriosas que indicam que os nove amigos participaram de um perigoso e fatídico jogo de roleta russa.
Aos que ficaram, resta tentar descobrir o que teria levado aqueles adolescentes, aparentemente felizes e privilegiados, a tirar a própria vida.


Entendo perfeitamente por que os ricos continuam sempre ricos: choram de pobreza enquanto conversam num iate ancorado na ilha particular e guardam cada centavo como se valesse sua vida."


Eu sempre quis ler alguma história do Raphael Montes, já que ele é provavelmente o nosso principal escritor na atualidade, sendo inclusive muito reconhecido na gringa. Para isso, escolhi o livro que minha mãe mais gostou dele: Suicidas, escrito em 2009.
Nove jovens da elite carioca são encontrados mortos no porão do sítio de um deles, em condições que indicam que eles participaram do do mortal jogo roleta russa. Agora, um ano após o incidente, resta à delegada Diana Guimarães, junto com as mães dos suicidas, a entender porquê adolescentes aparentemente felizes e privilegiados iriam tirar a própria vida.
A partir de gravações das reuniões entre as mães e a delegada, trechos do diário do protagonista (Alê) e capítulos do livro que ele estava escrevendo durante o acontecimento, nós vamos entendendo o motivo para eles chegarem nessa decisão.
Vamos lá. Obviamente, eu queria saber o que aconteceu naquela casa e considerando que só temos a visão de um personagem, todas as ações são um pouco duvidosas. A leitura, por essa questão, flui que é uma beleza. Mas os meus pontos positivos terminam por aqui...
Primeiro, todos os personagens são uns escrotos. Não tem ninguém ali que se salva e fica difícil nos conectarmos com a história. O final, eu descobri antes da metade do livro. Para o leitor, é muito claro qual é o objetivo daquela ação.
No entanto, o que mais me incomodou é que o Raphael Montes utiliza todos os preconceitos possíveis para construir os seus personagens. Me senti muito incomodada com a homofobia, a gordofobia do Alê, além de várias outras frases que ele diz e tudo isso sem nenhum propósito para a história. E já vi alguns comentários sobre os outros livros dele que também tem esses problemas e, sinceramente, não estou muito afim de ler algo dele tão já.
Tenho outro livro dele aqui em casa, Dias Perfeitos (inclusive, o mais famoso dele, não?) e só vou ler daqui uns dois anos porque eu já tenho. Não pretendo comprar tão cedo outro livro dele.
Comentem ai embaixo se vocês também se incomodaram com essas questões e não se esqueçam de utilizar o nosso link para qualquer compra na Amazon.

Até a próxima e boa leitura!

5 comentários

  1. Olá, tudo bem? Interessante porque foi a primeira vez que vi esse comentário sobre as obras deles. Nunca tinha me aprofundado sobre, e seria algo que me incomodaria. Mas realmente não tem nenhum propósito por trás? Uma pena que a leitura não cumpriu suas expectativas. Ótima e sincera resenha!
    Beijos

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  2. Nem conhecia esse autor, para ser sincera. Mas por saber que ele tem esses preconceitos distribuídos ao longo de seu enredo prefiro nem conhecer mesmo.

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  3. Oi, tudo bem?
    Eu nunca tive muita curiosidade de ler os livros desse autor por ser um gênero que não leio. Porém, depois dos comentários que vi apontando os mesmos problemas que você citou na resenha, tive a certeza que não leria nada dele. Inclusive, li alguns trechos que uma amiga me mostrou de outro livro dele e também eram carregados de preconceitos.
    Achei uma pena que tenha se decepcionado com a leitura, mas amei a sinceridade com que você falou sobre a obra.
    Beijos!

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  4. Oi Carolina, tudo bem?
    Eis o eterno problema chamado Raphael Montes e seus livros cheios de personagens escrotos que carregam um preconceito puto. Ou é o autor que se mostra? Como eu não li, não posso opinar de forma muito clara sobre isso. No entanto, essa tinta carregada demais nesse quesito não exatamente faz um leitor feliz.
    Um beijo de fogo e gelo da Lady Trotsky...

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