Autor(a): Cecelia Ahern
Tradutor(a): Alice Klesch
Editora: Novo Conceito
Páginas: 272 | Ano: 2018
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Sinopse: Quando Sabrina Boggs tropeça em uma misteriosa coleção de bolinhas de gude que pertencia ao seu pai, percebe que não sabe nada sobre o homem com quem cresceu. É uma coleção valiosa e incomum – incomum se ela pensar no homem que sempre conheceu. No entanto, há algo real lá dentro, muito verdadeiro sobre seu pai, ou sobre a criança que ele fora. Sabrina só tem vinte e quatro horas para descobrir os segredos do homem que ela pensava conhecer. Um dia para exumar memórias, histórias e pessoas que não sabia existirem. Um dia que a mudará para sempre. Fazendo uma busca pelas memórias de seu pai, Sabrina persegue uma busca de identidade; os segredos que ela trará à tona irão mudar tudo o que dava por certo em sua vida. Mas se seu pai não é o homem que ela achou que fosse, quem é a própria Sabrina?
Comuns. A bolinha dos garotos pobres. Foram as primeiras bolinhas. Feitas de barro, nem sempre eram redondas e perfeitas, mas eram baratas e comuns, e levavam todas as crianças pra rua para brincar, durante a Primeira Guerra Mundial. Depois vieram as aggies e as de porcelana, e as bolinhas de gude de vidro, que eram mais bonitas, não havia duas iguais. As de vidro são as minhas preferidas. Mas também tem as metálicas. Eu tinha algumas dessas. As metálicas são cromadas e feitas de metal sólido, como cavaleiros numa batalha, e são para arremessos mortais. São pesadas e velozes e fazem as bolinhas dos oponentes saírem voando do ringue. Assim sou eu hoje. Estou cercado de vidro e porcelana, talvez até um pouquinho de barro, mas sou a metálica. Tenho vinte e quatro anos e estou mandando todos os homens da vida de Gina pra fora do ringue."
Que eu sou apaixonada pelas histórias da Cecelia Ahern já não é nenhuma novidade para quem segue o blog. Mas obviamente algumas eu gosto mais do que outras e algumas premissas me chamam mais atenção que outras. Foi o caso do livro de hoje, O Colecionador de Memórias. Num primeiro momento, lendo a sinopse, não fui pega de primeira. Então, quando peguei ele para ler, já estava com as expectativas bem equilibradas para não correr o risco de me decepcionar. Mas o resultado foi que curti a história, principalmente pelo modo que a autora decidiu conta-la.
O livro é narrado por dois personagens: Sabrina Boggs, salva-vidas em uma casa de repouso, que num dia qualquer, recebe algumas caixas com uma misteriosa coleção de bolinhas de gude que ela descobre pertencer ao seu pai - é uma coleção valiosa e incomum, que ela não fazia ideia de que seu pai tinha. O outro narrador é Fergus, um personagem que a gente vai acompanhando o crescimento dele desde a sua infância.
Com problemas no casamento e infeliz no trabalho, Sabrina começa a investigar a vida e o passado do seu pai, que já tem uma certa idade e vem sofrendo de Alzheimer leve. Entre surpresas, decepções, perguntas sem respostas e muitas bolinhas de gude cheias de histórias, a narradora terá 24 horas para descobrir os segredos do seu pai.
O Colecionador de Memórias não é o melhor livro da autora (na minha opinião), mas é um drama bem construído. A gente vai descobrindo o passado dos personagens em uma narrativa que vai revezando entre os dois personagens. Apesar de Sabrina ser a personagem que conduz a história, os capítulos que achei mais interessantes de se ler foram os narrados pelo Fergus. Acho que isso aconteceu comigo porque achei a personalidade da Sabrina um pouco chata e não fez eu me prender muito com os dramas dela. Sempre que eu começava um capítulo dela, já ficava esperando ele acabar para começar o do Fergus.
As bolinhas de gude na história são quase como um outro personagem principal, uma vez que são elas que nos contam o passado dos personagens. É uma parte muito legal do livro, porque vamos conhecendo os tipos de bolinhas, quais são mais caras e etc.
É um bom livro para quem já conhece a escrita da autora, mas para quem nunca leu nada dela, talvez não seja a melhor opção.
Já leram? O que acharam?
Até a próxima e boa leitura!
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