Resenha: Silo (Série: Silo - Livro 1)

- Nada de bom saindo da verdade? Saber a verdade é sempre bom. E é melhor que sejamos nós a descobrir do que outra pessoa, certo?"

Lembro que comprei esse livro, "Silo", Hugh Howey (Ed. Intrínseca) na Bienal de São Paulo de 2014, pois ele estava em promoção. Depois de enrolação após enrolação, eis que li esse livro no final de 2018 e hoje estou trazendo a resenha dessa distopia que não vejo o pessoal comentando muito.

No atual momento em que a história se passa, o ar já não é mais limpo e por causa disso, mais da metade da população acabou morrendo "infectada". As poucas pessoas que sobreviveram estão em um silo, que nada mais é do que estruturas de metal, que ficam embaixo da terra. Ali, esses homens e mulheres vivem enclausurados sob duras regras.

Quem quebra essas leis é preso e tem como punição cumprir a "limpeza", ou seja, são mandadas para fora, para limparem as janelas da poeira incessante. O problema é que essas pessoas nunca voltam para o silo. Elas acabam morrendo antes.

No silo, os habitantes são divididos por andares, onde cada um tem a sua função e o andar mais alto é onde estão as pessoas com mais privilégios e que têm as vidas mais fáceis, enquanto no mais baixo estão os engenheiros, por exemplo, que têm os dia a dias bem mais pesado.

Começamos o livro acompanhando o xerife Holston, que é mandado para fazer a "faxina". Com esse desenrolar, a Prefeita necessita de um novo xerife, e a escolhida é a mecânica Juliette. Logo nos primeiros dias, ela fica obcecada em descobrir o motivo de Holston ter pedido para sair, para fazer a "faxina". No meio da sua pesquisa, Juliette descobre vários segredos e verá que a verdade não é assim tão ruim.

O livro tem um pouco mais de 500 páginas e preciso dizer que demorei bastante nele. Em diversos momentos a leitura foi muito devagar, pois pouco acontecia na história. Esse é aquele livro que quando terminamos de ler torna-se ok, e provavelmente terá sua história esquecida depois de um tempo.

Não é a melhor distopia que já li. Na verdade, passa bem longe. O "mundo" criado não é tão inovador, as motivações para terem chegado naquele ponto são fracas e muitos personagens são desnecessários.

Até a metade do livro, o autor coloca muitos pontos de vistas e diversos narradores diferentes, o que para mim foi totalmente sem sentido, pois não acrescentou muito à história e ainda deixou um pouco chata a leitura. Os personagens não são nada demais. Talvez com exceção da Juliette, que se torna a personagem principal, todos são bem esquecíveis. Ela é interessante, mas fica um pouco difícil para só ela levar a história nas costas.

No final, as coisas ficam um pouco interessantes, mas nada que me faça ficar curiosa para ler o segundo. Para mim, o livro que tem 512 páginas, poderia facilmente ter umas 300 e daí ficaria excelente.

Uma leitura mediana, que pouco me acrescentou. Nada de crítica construtiva ou que sabe o que está criticando. Só uma história pós-apocalíptica no qual o foco principal é mais a aventura, o suspense, do que uma questão social, ambiental, política que necessita de críticas. E mesmo a ação, o mistério, não são muito interessantes.

Ordem dos livros:

1. Silo, compre aqui;
2. Ordem, compre aqui;
3. Legado, compre aqui


Até a próxima e boa leitura!
Carol!!!