Resenha: Maus

Título: Maus
Autor(a): Art Spiegleman
Tradutor(a): Antonio de Macedo Soares
Editora: Quadrinhos na Cia.
Páginas: 296
Ano: 2005
Onde Comprar: Amazon
Sinopse: Maus, rato em alemão, é a história de Vladek Spiegelman, judeu polonês que sobreviveu aos campos de concentração de Auschwitz, narrada por ele próprio ao filho Art Spiegelman. O livro é considerado um clássico moderno das histórias em quadrinhos. Foi publicado em 2 partes, a primeira em 1986 e a segunda em 1991. A ausência de cor nos quadrinhos, reflete o espírito do livro: trata-se de um relato incisivo e perturbador que evidencia a brutalidade da catástrofe do Holocausto. Art, porém, evita o sentimentalismo e interrompe algumas vezes a narrativa para espaçar a dúvidas e inquietações. É implacável com o personagem principal, seu próprio pai, retratado como destemido e valoroso, mas também como mesquinho e racista.
  


Fazia anos que eu estava querendo ler Maus, mas para isso, precisava comprar e o preço desse quadrinho sempre foi um pouco salgado. Até que ganhei de aniversário. Agora faltava tempo para ler. Finalmente, em 2020, eu consegui colocá-lo nas leituras do ano.
Neste relato biográfico, Art Spiegelman narra os anos que seu pai, Vladek Spiegelman, um judeu polonês, sobreviveu durante o Holocausto e aos campos de concentração de Auschwitz. Para representar os judeus, o autor desenha eles como ratos; já os alemães nazistas são retratados como gatos; enquanto isso, os poloneses não-judeus são porcos e os norte-americanos são cães.
Em branco e preto, a história se alterna entre presente (as conversas entre pai e filho para construção do quadrinho) e passado (as memórias de seu pai sobre o nazismo e sua sobrevivência aos campos de concentração).




Ao mesmo tempo, o autor traz questionamentos e aponta que, apesar do seu pai ter sofrido muito preconceito por ser judeu, ele também era e ainda é pão-duro e racista, além de mesquinho. Ele não ter receio em mostrar esse outro lado do seu pai é muito interessante e forte.
Maus é um quadrinho incrível, que apresenta de uma forma muito dura e real o nazismo, e como os judeus precisavam viver escondidos e fugindo para não serem pegos e levados aos campos de concentração. Ele é uma HQ tão única que é até difícil fazer uma resenha a altura dele. Só posso recomendar e falar que é uma experiência única.

Até a próxima e boa leitura!

6 comentários

  1. Oi Carol!
    O primeiro livro que ganhei foi uma HQ da turma da Mônica, tinha uma adoração por ela. Achei interessante a proposta dessa HQ fico me perguntando de onde surgiu essa ideia de transformar pessoas em animais foi bem criativo e adorei, na sua resenha ficou bem evidente a diferença de povos e como o Holocausto causou tanto sofrimento na alma das pessoas. Obrigado pela dica, parabéns pela resenha, bjs!

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  2. Oi Carolina.

    Adorei sua opinião sobre esse quadrinho. Eu tenho muita vontade de lê-lo, ainda mais agora sabendo que contém um enredo incrível com forma muito dura e real do período nazista e o sofrimento do povo judeus. Com certeza é uma Hq poderosa. Parabéns pela resenha e assim que der, eu quero dar oportunidade para ela.

    Bjos

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  3. Oi Carolina, tudo bem?
    Eu já vi esse quadrinho umas quantas vezes na Livraria Saraiva do bairro onde eu então morava e sempre achei essa capa bem interessante. A trama mais ainda e ficou melhor agora que eu sei essas nuances que tu comenta no texto. Eu só imagino as belíssimas brigas que pai e filho tiveram enquanto o filho fazia o quadrinho, kkkkkkkkkkkkkkk.
    Um beijo de fogo e gelo da Lady Trotsky...
    http://wwww.osvampirosportenhos.com.br

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  4. Essa coisa de transformar as pessoas em animais me pareceu diferente demais, mas então entendi a pega da obra e achei genial.
    beijos

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  5. Oi Carol, tudo bem? Vi essa HQ algumas vezes no instagram se não me engano e o título sempre me chamou atenção. Além dos personagens serem "ratos". Acredito que é uma forma lúdica de chamar atenção e trazer à luz certos questionamentos. Creio que muitas pessoas são preconceituosas mas acabam não percebendo. É mais fácil ver um defeito no próximo do que em si mesmo concorda? Também achei interessante o fato dele não se colocar como vítima e sim avaliar a situação, como se fosse um observador. Obrigada pela dica! Um abraço, Érika =^.^=

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  6. Oi, tudo bem?
    Eu sempre vejo muitos elogios para Maus e acho a premissa dele incrível. Confesso que ainda não li por se tratar de uma HQ, mas penso em dar uma chance futuramente pelos temas que são abordados. Parece que o autor discutiu essas questões de forma muito real e trazendo reflexões para o leitor. Adorei a resenha e fico feliz que tenha gostado tanto da leitura.
    Beijos

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