Resenha: The Game - Volume 1

Título: The Game - Volume 1
Autor(a): Anders de la Motte
Tradutor(a): Mariana Moreira Matias; Alexandre Matias
Editora: DarkSide
Páginas: 266
Ano: 2015
Onde Comprar: Amazon
Sinopse: É só um jogo. Isso é o que pensa Henrik “HP” Peterson, protagonista da Trilogia The Game, ao aceitar um convite anônimo, via celular, para participar de missões inusitadas pelas ruas de Estocolmo. Mas a cada tarefa cumprida, e devidamente compartilhada na rede, ele tem a sensação de que a brincadeira está ficando séria demais. Será paranoia? Ou será que HP está realmente caindo numa poderosa rede de intrigas, com conexões que poderiam chegar aos responsáveis pelo assassinato do primeiro ministro sueco em 1986 ou até mesmo aos ataques do 11 de setembro? Quem afinal está por trás desse jogo?

 

O medo é um instrumento de poder muito forte, irmão, extremamente forte, na verdade. Se você manipular as cordas certas, a população permanece dócil, concentra-se em lixo idiota e não se queixa sobre as coisas que são realmente importantes, como liberdade de expressão e pensamentos e outros direitos humanos fundamentais. Funciona em ambos os sentidos."

Não sei se vocês sabem, mas de um tempo pra cá venho gostando muito de histórias sobre jogos da realidade. Sabem aquele filme, Nerve (que inclusive é uma adaptação e eu amo)? Então, adoro tramas nesse estilo. Por isso estava de olho a bastante tempo na trilogia The Game, do sueco Anders de la Motte.

Henrik Peterson, mais conhecido como HP, é um trambiqueiro que está esperando dar o momento certo para largar o subemprego e poder receber o seguro social. Um dia, andando no trem de Estocolmo, HP encontra um celular perdido entre os bancos. Na tela, um convite anônimo para participar de missões inusitadas pelas ruas da cidade. O problema, é que a cada "brincadeira", o jogo vai ficando mais perigoso e surgem indícios da existência de uma rede de intrigas que estaria envolvida com o assassinato do primeiro ministro sueco em 1986 e também nos ataques do 11 de Setembro.

Rebecca Normén é uma detetive que acabou de ser promovida para o grupo de elite do Serviço de Segurança sueco, onde tem como um dos sues objetivos, proteger por exemplo, a primeira-ministra (já que o país é uma monarquia constitucional). Enquanto exerce suas funções, começa a receber ameaças anônimas do seu passado pelo seu celular e quando ela percebe, já está no meio dessa confusão.

As minhas expectativas para esse livro eram altíssimas, por n motivos. No entanto, a leitura foi uma grande decepção. A história não é flui muito bem; existe uma falta de ação; as conspirações até são interessantes, mas não conseguem ser bem explicadas nesse primeiro volume; os personagens, principalmente o HP, são bem chatinhos. Rebecca consegue ser a personagem melhor construída e no meu caso, foi a única que consegui sentir algum apego. No final, há uma revelação que na hora até achei diferente e inesperado, mas com o passar do tempo, percebi que era meio óbvio.

Talvez o que eu tenha achado mais interessante foi a questão política. O autor, em diversos momentos, faz críticas pertinentes a problemas contemporâneos que a Europa passa e faz os outros países passarem. Críticas à construção do terrorismo, à xenofobia que praticam, entre outras situações.

Mulheres cobertas, homens-bombas, guerra santa são alguns bons motivos, não...?"

Manga suspirou.

"A maior parte disso tem muito pouco a ver com religião, se você olhar abaixo da superfície... Há fanáticos em todos os lugares, mas aqui no Ocidente ficamos muito mais irritados com homens de barba queimando bandeiras em Damasco do que com esquisitos bem barbeados com cortes de cabelo ruins explodindo clínicas de aborto em Detroit."

Enfim, acho que criei muitas expectativas e isso quase nunca dá certo. Esperava um livro mais parecido com o filme que citei no começo da resenha e não foi isso que encontrei. Por causa disso, não pretendo dar continuidade na trilogia. Mas para saber, quem já leu os três livros, gostaram? A história melhora?

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