Resenha: Bioshock - Rapture


Título:
Bioshock: Rapture
Autor(a): John Shirley
Tradutor(a): Caio Pereira
Editora: Novo Século
Páginas: 405
Ano: 2014
Onde Comprar: Amazon
Sinopse: Fim da Segunda Guerra Mundial. As bombas atômicas de Hiroshima e Nagasaki trouxeram ao mundo o medo de uma total aniquilação. Novas políticas foram adotadas pelo governo americano, a fim de recuperar e restaurar a economia do país. Os altos impostos, o aumento da intervenção do Estado nas instituições privadas e o crescente poder das agências de inteligência davam ao cidadão comum a impressão de eterna vigilância. A sensação de liberdade diminuía a cada dia... e muitos pareciam dispostos a fazer de tudo para reconquistá-la. Entre eles, havia um grande sonhador, Andrew Ryan, decidido a criar sua própria utopia: uma cidade livre de governo, de censura, de restrições morais à ciência. Nesta cidade, tudo seria possível, e cada um receberia de volta o correspondente a seu esforço individual. Esta cidade era Rapture, a joia no fundo do mar.

Eu sou Andrew Ryan e estou aqui para lhe fazer uma pergunta: o homem não merece aquilo que conquista com seu próprio suor? "Não", diz o homem de Washington, "quem merece são os pobres." "Não", diz o homem do Vaticano, "quem merece é Deus." "Não", diz o homem em Moscou, "quem merece são todos." Eu rejeitei essas respostas. Pelo contrário, escolho outra coisa. Escolho o impossível. Escolho... Rapture. Uma cidade onde o artista não temeria a censura. Onde o cientista não seria limitado por mera moralidade. Onde o grandioso não seria restringido pelo infinito. E, com seu próprio suor, Rapture pode se tornar a sua cidade também."


Uma faceta minha que talvez vocês não conheçam é que sou muito fã de jogos de vídeo game. Principalmente jogos com história, de mundo aberto, sejam de drama, ação, suspense, terror. Estilos Fry Cry, Tomb Raider, Resident Evil, entre outros. Dito isso, a alguns anos atrás, eu joguei no Xbox 360, o último jogo de uma trilogia distópica intitulada Bioshock (Bioshock, Bioshock 2 e Bioshock Infinite) e eu amei.
Aí chegou 2022 e decidi jogar os três jogos na sequência correta para entender de vez a história (além de que os preços estavam bons na loja online da Nintendo). Entrei tanto na história que decidi ler o livro que tinha já a algum tempo sobre o enredo dos dois primeiros jogos.
1945. Fim da Segunda Guerra Mundial. Hiroshima e Nagasaki foram destruídas pelas bombas atômicas. Surge um novo medo: a total aniquilação. Desse modo, o governo americano decide adotar novas políticas para recuperar a economia do país. Dentre elas, novos impostos, aumento da intervenção do Estado nas instituições privadas, entre outros. Nesse meio, há Andrew Ryan, um magnata estadunidense, que dessa revolta, decide criar a sua própria utopia: uma cidade secreta, livre de governo, de censura, de ética. Ali, tudo seria possível e cada um receberia de volta o correspondente do seu esforço individual. Esta cidade era Rapture, uma metrópole embaixo d'água. Mas como todas as utopias terminam, o fim virou uma tragédia.


Representação de Rapture. Tirado da Internet.


Com a liberdade que os cientistas conquistam em Rapture, novos experimentos são iniciados. É assim que descobrem o ADAM, um plasmídeo criado a partir de lesmas marítimas; o ADAM permite que aqueles que o usam alterem o seu DNA, dando poderes sobre-humanos, como telecinesia e pirocinesia. Ou seja, tornam-se armas que podem ser letais.

- Chamo de ADAM - disse Brigid Tenenbaum. - Porque a partir de Adão, no mito, foi concedida a vida à humanidade. Isso também concede vida: destrói células danificadas, substitui por novas. É transferido por plasmids, material genético instável. Agora, células-tronco podem ser manipuladas, ter genes modificados! Podemos fazer delas o que quisermos. Se consigo fazer isso, cura instantânea, o que mais posso fazer? Transformar um homem, uma mulher? Em quê? Muitas coisas! Possibilidades infinitas!"


O problema desse tipo de governo, é que o político promete um estilo de vida, onde todos vão viver financeiramente bem e terão empregos, e no final, o que surge é um altíssimo índice de desemprego e pobreza. É então que aparece o empresário Frank Fontaine. Com o objetivo de derrubar Andrew Ryan, Fontaine criou rotas de mercado negro onde começa a vender plasmídeos de baixo custo. Disso surgem os spider splicers, ou melhor, os que são muito viciado em plasmids - eles movem-se feito aranhas, rastejando sobre as paredes e são extremamente violentos, uma vez que já perderam a lucidez.


Representação de um Spider Splicer. Retirado da internet.


Desse uso excessivo dos plasmids, a Dra. Brigid Tenenbaum começou a implementar essas lesmas nos estômagos de meninas órfãs, na qual ela colocou o nome de "Little Sisters". Essas crianças foram geneticamente alteradas e mentalmente condicionadas a recuperar o ADAM dos cadáveres perdidos por Rapture, já que a sua produção era demorada e cara. Para proteger as Little Sisters, uma vez que elas são inofensivas, foi desenvolvido híbridos, que são ciborgues operários marinhos - na qual são controlados a distância, encarcerados dentro de um escafandro blindado. São como se fossem pais adotivos para elas, ou melhor, os Big Daddies.

  
À esquerda, um Big Daddy e à direita, uma Little Sister. Retirado da internet.


Com todas essas maluquices criadas mais uma sociedade em declínio, a resposta mais óbvia das pessoas é a revolta. Crescimento da violência, aumento de mortes por diversos motivos, centenas de moradores sem emprego e comida. O resultado é uma guerra entre os habitantes e o governo, todos usando armas e plasmids, numa cidade secreta submersa. Maior loucura não há.
O universo criado pelos jogos é interessantíssimo. Inclusive, recomendo demais jogar os três - sendo o mais recente num gênero diferente: o steampunk! O livro, que saiu depois, complementa mais a questão política e nos apresenta de maneira mais completa os personagens envolvidos na criação de Rapture
A leitura, no começo, foi bem devagar, já que apresenta somente a ideia de Rapture. A história se torna mais interessante a partir do momento que a cidade já foi criada e as problemáticas surgem. A partir disso, o livro fluiu demais. Ainda demorei mais do que o normal porque escolhi bem ele para retomar as leituras depois de quase um ano em ressaca literária. Mas valeu muito a pena. Esse universo é muito completo, diferente e único.
Quem puder jogar, não deixe a chance passar. Para quem não gosta, o livro é uma boa dica ou até mesmo assistir gameplays.

Quem conhecia os jogos? Ou o livro? Comentem aí embaixo e agradeço a leitura. Para quem se interessou, no começo da resenha tem um link na qual vocês podem comprar sem acrescentar nada na compra e ainda ajuda a gente.

Até a próxima e boa leitura! 

Nenhum comentário