Resenha: Daisy Jones & The Six

Título: Daisy Jones & The Six
Autor(a): Taylor Jenkins Reid
Tradutor(a): Alexandre Boide
Editora: Paralela
Páginas: 360
Ano: 2019
Onde Comprar: Amazon
Sinopse: Todo mundo conhece Daisy Jones & The Six. Nos anos setenta, eles dominaram as paradas de sucesso, fizeram shows para plateias lotadas e conquistaram milhares de fãs. Eram a voz de uma geração - e Daisy, a inspiração de toda garota descolada. Mas no dia 12 de julho de 1979, no último show da turnê Aurora, a banda se separou. Ninguém nunca soube por quê... até agora.
Esta é a história de uma menina de Los Angeles que sonhava em ser uma estrela do rock e de uma banda que também almejava seu lugar ao sol. É o relato de tudo o que aconteceu ― o sexo, as drogas, os conflitos e os dramas ― quando um produtor apostou que aqueles jovens, juntos, poderiam se tornar lendas da música.
Neste romance inesquecível narrado a partir de entrevistas, Taylor Jenkins Reid reconstitui a trajetória de uma banda fictícia com a vivacidade dos melhores backstages do rock’n’roll.


Nós adoramos gente linda e destruída por dentro. E não dá para ser mais claramente destruída por dentro e ter uma beleza mais clássica que a de Daisy Jones."

 


Enfim chegou o dia de falar sobre a minha melhor leitura de 2022: Daisy Jones & The Six! Obviamente eu já tinha ouvido falar do livro, porque, bom, já faz alguns anos que a autora está em alta. Aí a questão era escolher entre Os Sete Maridos de Evelyn Hugo ou esse; e apesar do primeiro ser mais conhecido, eu, no momento, estava mais interessada nos bastidores da música.
O livro é narrado a partir de entrevistas com os integrantes da banda e pessoas que estiverem envolvidas com eles de alguma forma (empresários, produtores, amigos). E a autora constrói tão bem a história que você, leitor, acredita fielmente que a banda realmente existiu, algo que eu sei que a Taylor faz muito bem também nos Sete Maridos de Evelyn Hugo.
A banda dominou nos anos 70 as paradas de sucesso. Inicialmente formada por seis integrantes: Billy Dunnie, vocalista e compositor, criou junto com o irmão o grupo que daria origem aos Six; Graham Dunnie, guitarrista e fazia os vocais de apoio da banda; Warren Rhodes, baterista; Karen Sirko, tecladista; Pete Loving, baixista e por fim mas não menos importante, Eddie Loving, guitarrista que foi convidado a substituir Billy na guitarra base.
Os The Six surgiram nos anos 60 como uma banda de blues-rock chamada Dunne Brothers, na qual, num primeiro momento, era formada somente pelos irmãos Dunnie. Em 1967 eles chamaram pra fazer parte do grupo o baterista Warren Rhodes, o baixista Pete Loving e o guitarrista Chuck Williams, que nem chegou a fazer parte dos Six já que foi morto no Camboja por lutar na Guerra do Vietnã.
Já no final de 1970, os Dunne Brothers se apresentaram em Baltimore, onde impressionaram o vocalista dos Winters, que estava na plateia. Por causa disso foram convidados para abrir alguns shows do grupo pelo noroeste dos EUA. Além de serem influenciados pelo som deles, a tecladista dos Winters, Karen, alguns anos mais tarde, faria parte dos Six.
Enfim os Six estavam formados com Teddy Price como o produtor da banda e Rod Reyes como o empresário. Em 1973 eles começaram a se preparar para o lançamento do primeiro disco e as turnês de divulgação.
A turnê teve fim em 1975 após Billy ter que ser internado em uma clínica de reabilitação. Depois de passar um tempo se recuperando ele volta para casa para ficar com a sua esposa, Camila e sua filha recém-nascida, Julia. No final do ano ele volta a compor e os Six começam a gravar o seu segundo disco.
Paralelamente a tudo isso, havia Daisy Jones, uma jovem que de uma família rica que tinha acesso a tudo que quisesse: drogas, artistas, casas noturnas. No entanto, seus pais eram tão fechados nos seus próprios mundos que esqueciam da sua existência.
Ela adorava cantar e entre bebidas e drogas, Daisy foi ficando relativamente famosa na sua cidade. Querendo expandir o seu trabalho além da Sunset Strip, em 1972, ela começou a escrever as suas próprias músicas.
Apesar de conseguir assinar um contrato com a Runner Records, ela não vinha cumprindo os acordos de comparecer às sessões de gravação de seu primeiro disco, uma vez que preferia ficar se drogando dia e noite.
Quando os Six tinham acabado de gravar o segundo disco, o produtor da banda, Ted, indicou que faltava alguma música para chegar no topo das paradas, para tristeza e preocupação dos integrantes, principalmente Billy. Até que surgiu a ideia da música Honeycomb virar um dueto, algo que não tinha passado pela cabeça de ninguém antes. O problema é que não sabiam quem usar para fazer a primeira voz. Então Teddy sugeriu uns dez nomes diferentes até que o nome de Daisy Jones chamou a atenção de Billy.
Ao aceitar gravar a música, a voz de Daisy surpreende todos da banda e o dueto acaba ficando melhor do que a música solo. Tanto que a música estreia na posição 86 das paradas, mas o tempo todo subindo cada vez mais rápido. Com o sucesso, decidem que Daisy Jones vai abrir os shows dos Six na turnê do segundo álbum.
Depois disso não tinha mais jeito. A cada apresentação, em estádios e TVs, os Six, junto com Daisy, foram ficando mais famosos, até que enfim eles decidem convidá-la a participar da banda. Numa nova formação, agora eles chamavam Daisy Jones & The Six.
O livro vai então, a partir de entrevista com todas essas pessoas que foram importantes na trajetória da banda e dos integrantes, nos mostrando os altos e baixos deles. Brigas, doenças, drogas, bebidas, crises nos relacionamentos, fama, sucesso.
É impressionante como a gente vai se apegando aos personagens e tudo parece tão realista que nós acreditamos que a banda em algum momento existiu. Apesar deles nunca terem existido, a autora se baseou para criar a história na banda estadunidense Fleetwood Mac.
Eu li tão rápido o livro que mesmo sabendo que podia gostar, não imaginava que seria tanto como foi no final. Foi o meu favorito entre os poucos que li no ano passado e fez a minha expectativa para a série, que teve os seus três primeiros episódios lançados ontem (dia 02 de março) na Amazon Prime, aumentar consideravelmente. Pretendo assistir eles nesta quinta, quando essa resenha está indo ao ar e dependendo do que eu achar, eu vou comentar lá no nosso insta (@umolhar_oficial).
Além da série, saiu também o álbum com as principais músicas que a banda canta no livro. Vale a pena dar uma escutada. Até agora, as que eu gostei mais foram Regret Me e Please.


Agora, depois dessa resenha gigantesca, comentem ai embaixo se já leram e o que acharam da leitura. Quem assistiu a série pode comentar também se acharam uma boa adaptação ou não.
E quem quiser comprar o livro, não se esqueçam de usar o nosso link, que fica sempre no começo dos posts. Não acrescenta nada na sua compra final e ainda ajuda a gente com uma porcentagem.

Até a próxima e boa leitura!

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