Título: Sardas
Autor(a): Cecelia Ahern | Tradutor(a): Paula Di Carvalho
Editora: Harper Collins
Páginas: 320 | Ano: 2021
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Sinopse: Os braços de Allegra Bird são repletos de sardas. Mas, apesar de seu apelido, Sardas nunca conseguiu ligar todos os pontos. Então, quando um estranho lhe conta que todo mundo é uma média das cinco pessoas com quem mais convive, ela decide mudar sua vida. Assim, em uma jornada para se autoconhecer, ela se muda para Dublin para encontrar não só uma, mas as cinco pessoas que formem quem ela é ― e que irão determinar seu futuro.
Aos treze anos, eu ligava as sardas dos meus braços uma à outra, como num jogo de ligue os pontos. Sendo destra, meu braço esquerdo virava uma teia de linhas de caneta azul. Depois de um tempo, isso evoluiu para desenhos de constelações; mapeá-las de sarda em sarda até a pele do meu braço se tornar um espelho do céu à noite. A Ursa Maior, que lembra um arado, era a constelação que eu mais gostava de desenhar. Era a que eu sabia identificar imediatamente à noite, então, quando as luzes se apagavam no internato e o silêncio baixava sobre os corredores, eu acendia minha luz de leitura no mínimo, agarrava uma caneta azul e traçava as sets estrelas de sarda em sarda até minha pele parecer um mapa celeste."
Allegra Bird tem os seus braços repletos de sardas e por isso leva o apelido de Sardas. Sem ver muito futuro na pequena ilha que mora junto com seu pai excêntrico, Allegra decide ir em busca de uma vida em Dublin. No entanto, já passaram alguns anos e os seus sonhos de virar policial não foram realizados. Ela também não conseguiu ainda encontrar sua mãe que a abandonou quando pequena. Vivendo uma vida pacata, morando num quartinho de fundo da casa de uma família rica em troca de ser babá e trabalhando como guarda de trânsito, Sardas não sabe mais o que fazer para melhorar sua vida.
Até um dia que ela escuta de um estranho irritado as seguintes palavras: "Dizem que somos a média das cincos pessoas com quem mais convivemos.". Isso mexe com Sardas e ela então começa a sua busca por essas pessoas que vão formar a sua personalidade.
O começo do livro, com Allegra contando das suas sardas pelos braços e como ela desenhava constelações nelas quando pequena é muito legal. O problema do livro, pra mim pelo menos, é que infelizmente a protagonista não é muito carismática. Quando já adulta, os problemas dela são muito bobos, os outros personagens também não são muito interessantes e o desenrolar da trama se desenvolve de forma mais lenta.
Apesar da capa lindíssima, Sardas se tornou um dos livros mais fraquinhos da Cecelia Ahern - minha autora favorita! Se as sardas fossem o centro da história, como o próprio título dá a entender, acho que o enredo ficaria mais interessante. Infelizmente o livro começa dando foco nisso mas não dura por muito tempo.
Até a próxima e boa leitura!
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