Resenha: V de Vingança


Título: V de Vingança
Autor(a): Alan Moore | Ilustrador(a): David Lloyd
Tradutor(a): Levi Trindade; Helcio de Carvalho
Editora: Panini
Páginas: 308 | Ano: 2007
Onde Comprar: Amazon
Sinopse:  Uma poderosa e aterradora história sobre a perda da liberdade e cidadania em um mundo totalitário bem possível, V de Vingança permanece como uma das maiores obras dos quadrinhos e o trabalho que revelou ao mundo seus criadores, Alan Moore e David Lloyd. Encenada em uma Inglaterra de um futuro imaginário que se entregou ao fascismo, esta arrebatadora história captura a natureza sufocante da vida em um estado policial autoritário e a força redentora do espírito humano que se rebela contra esta situação. Obra de surpreendente clareza e inteligência, V de Vingança traz inigualável profundidade de caracterizações e verossimilhança, em um audacioso conto de opressão e resistência.


V de Vingança já pode ser considerado um clássico moderno? Acho que sim. Uma HQ que apresentou para um público mais jovem o conceito de anarquia, fascismo, um personagem icônico e mudou todo o futuro das histórias em quadrinho - além de entregar uma adaptação tão marcante quanto (mesmo não sendo tão fiel).
Quem nunca nem ouviu falar sobre V de Vingança, provavelmente está vivendo errado. Porque pelo menos o filme você já deve ter assistido uma parte ou visto a máscara do V em algum lugar.



Publicado pela primeira vez na década de 80, V de Vingança descreve uma Inglaterra "futurística" (1997), entregue ao fascismo e ao totalitarismo, após uma guerra nuclear devastar boa parte do planeta. No governo atual, a mídia é controlada e qualquer um que não seja heterossexual e branco, desaparece em campos de concentração.
É então que surge V, uma figura misteriosa, que aos poucos vamos descobrindo o seu passado e que usa uma máscara de Guy Fawkes, um soldado conspiracionista inglês acusado de tentar explodir o Parlamento em 1605. Em contraponto, aparece Evey, uma jovem que é resgatada das ruas, após escapar de uma tentativa de roubo.
Uma obra que foi escrita como uma crítica direta ao governo neoliberal de Margareth Tatcher, só podia ser repleta de simbolismos, referências literárias, culturais e políticas. Uma história sobre a luta pela liberdade, liderada por um anti-herói, a partir da conscientização, da revolução popular e da anarquia.
Eu gostei muito da experiência da leitura, mesmo já conhecendo a história. Mas na HQ, há diferenças chamativas e os personagens são ainda mais profundos. Eu gosto de como a história é contada, apesar de achar a linearidade um pouco confusa, e na questão do projeto visual, alguns personagens do governo serem muito parecidos, o que me deixou um pouco perdida sobre quem era quem.
Antes de ler o quadrinho, já tinha assistido inúmeras vezes o filme e sou apaixonada por ele. Quando separei ele para ler, já sabia que apesar de gostar muito do longa, sabia que os fãs da história e o próprio autor não eram muito fãs dele.
Para entender melhor quais eram as críticas ao filme e também entender mais todo o pensamento político do Alan Moore e da história, depois de terminar a leitura, procurei textos e vídeos que explicassem um pouco sobre isso. Foi então que conheci o canal Pandora, na qual fazia pouco tempo que eles tinham postado um vídeo exatamente falando sobre todos esses pontos. Assisti e reassisti várias vezes para me ajudar a entender bem e agora deixo aqui o link recomendando para vocês assistirem também.

Até a próxima e boa leitura!

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